Erasmus+

Com base no Plano de Desenvolvimento Europeu, a EPI sentiu a necessidade de desenvolver qualitativamente a sua estratégia de internacionalização, identificando, dentro da escola, três grandes áreas de intervenção, abrangendo os discentes, a gestão pedagógica e curricular e a formação de pessoal.

1. Discentes – salienta-se a necessidade e a vontade de proporcionar aos alunos uma formação humanista para a compreensão e tolerância perante os outros, estimular uma mentalidade aberta à diversidade social, linguística e cultural, fomentar a capacidade de enfrentar mudanças numa sociedade em evolução permanente e prepará-los para um mercado de trabalho exigente e global. A mobilidade dos jovens no contexto europeu passou a ser fomentada de forma estruturada como meio de dotar os discentes de competências linguísticas, interculturais, técnicas e know-how, perspetivando um melhor contributo para o mercado de trabalho e o reforço da cooperação entre o mundo da educação e formação e o mundo empresarial.

O Programa Erasmus+ proporciona aos jovens estágios em empresas europeias, onde vão poder adquirir uma experiência profissional em contexto de trabalho internacional, num país europeu. Vão por isso também desenvolver capacidades de adaptação ao novo e ao diferente, e desenvolver competências técnicas e novos skills, que lhes poderão possibilitar uma maior e melhor integração no mercado de trabalho nacional e europeu.

Este projeto de mobilidade proporciona também a validação europeia das competências adquiridas através de Certificados emitidos pelas entidades de acolhimento e empresas onde irão estagiar, bem como obter o Europasss Mobilty Document (Certificado Europeu de Mobilidade), emitido pelo Centro Nacional Europass e que valida este estágio ao nível do espaço europeu, aumentando as perspetivas de empregabilidade destes jovens.

Desta forma, a dimensão europeia de formação será transversal e irá afetar positivamente as diferentes práticas de educação de jovens, melhorando a atratividade do ensino e da formação profissional, adaptando os currículos ao mercado internacional e recorrendo à cooperação transnacional.

Neste sentido, no âmbito do Programa Erasmus+, a Escola Profissional do Infante tem desenvolvido mobilidades na Ação-Chave 1 – KA1 – Mobilidade Individual para Aprendizagem – Ensino e Formação Profissional, através dos seguintes projetos aprovados: “Ready for challenges… Ready for life” e “Building the Future… with Europe”.

O projeto “Ready for challenges… Ready for life” permitiu a 62 discentes, de todos os cursos profissionais da EPI, a realização de estágios em empresas da sua área de formação, sediadas em países da UE, como Malta, Itália e Espanha. Realizaram-se inicialmente 2 fluxos de mobilidade de discentes recém-diplomados, sendo que 9 discentes viajaram para Itália e 10 discentes para Malta. Posteriormente, foram organizados mais 3 fluxos de mobilidades, neste caso de jovens ainda em formação, que tiveram a oportunidade de realizar parte da sua formação em contexto de trabalho em países como Itália, Malta e Espanha. O Projeto “Building the Future… with Europe” envolveu a participação de 60 discentes acompanhados por 6 professores e 10 docentes e não docentes da EPI, que viajaram para Espanha e Hungria.

2. Gestão pedagógica do currículo – torna-se imperativo adotar uma dinâmica adaptada às exigências da inovação e do desenvolvimento das empresas e ao conhecimento de novas formas de ensinar/trabalhar no espaço europeu e global, por forma a mitigar o desajuste de competência entre a oferta do sistema educativo e a procura do mercado de trabalho.

3. Pessoal (staff e docentes) – criar oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida, para aquisição e melhoria de competências técnicas e linguísticas, aprendizagens interculturais, acesso a novas práticas pedagógicas usadas no contexto europeu que permitam ajudar ao desafio global do desenvolvimento da escola. A este nível, as potencialidades do programa Erasmus+ permitirão a melhoria do seu corpo docente em termos de qualidade, inovação e excelência, contribuindo para o estabelecimento de laços a nível internacional e sinergias entre profissionais que aportarão visibilidade ao projeto educativo da EPI.

Em suma, a EPI pretende contribuir para a diminuição das assimetrias nacionais, regionais e europeias do desemprego dos jovens discentes, combater o abandono escolar, aumentando as qualificações dos participantes e conseguir o reconhecimento das suas qualificações no Espaço Europeu e no mercado de trabalho em geral, estimulando a educação e aprendizagem (ao longo da vida) intercultural e intergeracional. Por outro lado, pelo contexto em que está inserida, a comunidade educativa beneficia largamente da possibilidade da realização de um período de mobilidade profissional, com impacto ao nível das suas competências técnicas e profissionais (que potenciam a sua inserção laboral e a melhoria da sua situação socioeconómica), bem como interpessoais e sociais (favorecendo uma cidadania ativa e o sentimento de proximidade e pertença à UE). Queremos também potenciar e desenvolver as relações institucionais entre a escola e as empresas de acolhimento dos discentes, permitindo a criação de uma rede de contactos determinante para a internacionalização da escola, numa perspetiva de continuidade do projeto internacional e europeu da EPI.

Numa sociedade em que a diferença de oportunidades é cada vez maior, e em que muitas experiências não estão acessíveis a todos, a direção da Escola Profissional do Infante considera que um projeto desta natureza é uma oportunidade única e imperdível para os seus alunos e os alunos participantes, assim, o asseguram!